Programa de recomposição ambiental da Mina do Guajú, na Paraíba planta mais de 2,2 milhões de mudas nativas

Com o fim da operação de sua mina na Paraíba, de onde vem grande parte do minério de titânio (ilmenita) usado como matéria-prima em sua fábrica de pigmento de dióxido de titânio em Camaçari-BA, a Tronox Pigmentos do Brasil protagoniza uma história responsável para contar quando se trata de gestão ambiental em mineração. Após 37 anos de operação (1983 a 2020), a jazida da mina do Guajú, no município paraibano de Mataraca, chegou ao fim do seu ciclo de vida econômico, mas mantém ativo seu trabalho de recomposição ambiental, considerado modelo pelo Ibama para mineração de superfície em areias.

Iniciado em 1989, o programa de recomposição ambiental será continuado até 2028, quando alcançará a meta de consolidação de 100% da área recomposta. O trabalho começa imediatamente após a lavra em cada trecho minerado, quando a mesma draga responsável por desmontar a duna e separar os minérios da areia realiza também a reconstrução do relevo da duna na área já minerada, que ficou para traz no caminho sinuoso que a draga faz por todo o terreno da mina. O montante de areia devolvido pela draga corresponde a mais de 98% do volume original da duna.

Após a reconstituição do  relevo das dunas é feito o trabalho de reposição da camada de solo orgânico, o reflorestamento com plantio de espécies nativas e a reintrodução da fauna. Mas o trabalho continua: por mais uma década é feito o acompanhamento e manutenção da área reflorestada, para garantir a consolidação da biodiversidade. Como resultado, a área minerada leva de 10 a 12 anos para adquirir as condições semelhantes às existentes antes da mineração. Toda a metodologia foi desenvolvida pela mina, inicialmente em parceria com a Universidade de Lavras-MG, e continuado pelo corpo técnico da áreas ambiental da Tronox .

Dessa forma, a Tronox contabiliza mais de 2,2 milhões de mudas de espécies nativas plantadas na mina do Guajú. Ao todo, são 267 espécies, como a Caraúba, Angelim, Imbiridiba, Ipês (roxo e amarelo), Pau-brasil, Peroba e muitas outras. Foi identificado na área 161 espécies de pássaros e feita também a reintrodução de 1.889 animais, (aves, mamíferos, répteis, etc.). “Atingimos o nosso objetivo, que não era simplesmente colocar uma cobertura vegetal, mas permitir o retorno da fauna, reestabelecer a função ecológica da área”, explica o engenheiro Virgílio Gadelha, responsável pela implantação e execução do programa na mina do Guajú.

Atuando também na vertente social da sustentabilidade, o programa promoveu o engajamento da comunidade, por meio de educação ambiental durante visitas guiadas de estudantes da região à mina. O propósito das visitas foi principalmente manter um diálogo constante com a comunidade e gerar nos moradores uma forte conexão com a natureza e responsabilidade pela preservação da fauna e flora locais. O programa promoveu também a geração de renda entre os pequenos produtores rurais do seu entorno, de quem as mudas eram compradas para a recomposição da mata nativa.  Damião Cosmo, morador de Mataraca, foi um dos habitantes que forneceu mudas de reflorestamento para a Tronox e reconhece como aprendeu a enxergar a importância da preservação. “Fico feliz em contribuir com a natureza, em fazer parte da reconstrução”.

Mataraca ganha parque de geração de energia fotovoltaica

Localizada na divisa entre Paraíba e Rio Grande do Norte, a cidade de Mataraca possui 8.354 habitantes e um território de 144 km². Com o encerramento da operação, a mina da Tronox deixou como legado para o município a instalação de 1.771 placas de energia fotovoltaicas com potência total para gerar 1.018,05 Kwp de energia. Um legado que propiciará uma economia de quase 200 mil reais por mês, representando grande alívio nas contas de um município neste porte.

A empresa investiu R$ de R$ 3,1 milhões na instalação do parque, que deve gerar energia limpa para a cidade por um período de 20 anos. O legado representa bem o perfil sustentável que marcou toda a história da mina do Guajú”, explica Kaiser Correia, que atuava como gerente de Negócios na mina e hoje é diretor Industrial da fábrica da Tronox na Bahia. 

Durante seu período de operação, a mina buscou trabalhar com energias renováveis, usando, por exemplo, bagaço de cana adquirido nas usinas próximas, ou energia eólica gerada por 13 torres instaladas no terreno da mina em parceria com empresa que opera na região.

Área da mina do Guaju é campo para pesquisas acadêmicas

O sucesso do Programa de Recomposição Ambiental da mina atrai o interesse de pesquisadores universitários, que utilizam a área como laboratório e fonte de estudos. Além de uma flora rica em espécies nativas, originando por exemplo um inventário florístico que levantou 501 espécies vegetais, os pesquisadores encontraram no local um grupo de macacos que já era considerado extinto na região. A área continua aberta para as pesquisas acadêmicas, já tendo sido desenvolvidas 10 teses de mestrado, seis teses de doutorado, além de 30 artigos e relatórios publicados.

Destaques da Mina do Guajú

• Programa de Recomposição Ambiental reconhecido nacionalmente, inclusive pelo Ibama, que o considera modelo para recuperação de dunas.
• Listada no “Guia Você SA - Melhores Empresas para Você Trabalhar”.
• Toda energia elétrica utilizada pela operação é gerada a partir de fontes limpas e renováveis, vindas de 13 torres de energia eólica.
• A energia térmica utilizada no beneficiamento do minério é proveniente de biomassa (bagaço de cana de açúcar).
• Reuso de mais de 92% do volume de água consumida no processo.
• Sistema de Gestão Integrado certificado pelo Bureau Veritas nas normas ISO 9001:2008 (Qualidade), ISO 14001:2004 (Meio Ambiente), OHSAS 18001:2007 (Saúde e Segurança do Trabalho) e NBR16001:2012 (Responsabilidade Social).
• A lavra ao beneficiamento dos minérios, utiliza-se apenas processos físicos, não sendo aplicado qualquer produto químico na operação.
• Do total de mudas nativas replantadas, um percentual de até 80% foram produzidos pela comunidade local, num programa onde a empresa qualificou, forneceu os insumos e comprou as mudas, gerando renda para a população rural circunvizinha.

Vídeos Mina do Guaju

http://tronox.mz-sites.com/wp-content/uploads/sites/546/2021/02/Mina-do-Guaju_Episodio-1-2020-05-07-at-13.20.02-1.mp4?_=1

http://tronox.mz-sites.com/wp-content/uploads/sites/546/2021/02/Mina-do-Guaju_Episodio-2-2020-05-07-at-13.20.02-1.mp4?_=2

http://tronox.mz-sites.com/wp-content/uploads/sites/546/2021/02/Mina-do-Guaju_Episodio-3-2020-05-07-at-13.59.05-1.mp4?_=3

A Bracell publica anualmente um Relatório de Sustentabilidade com informações sobre a estratégia de sustentabilidade da companhia, gestão da biodiversidade, produção responsável, desenvolvimento e inclusão social.

A Bridgestone acaba de divulgar seu primeiro Relatório de Sustentabilidade da América Latina, que detalha os projetos, as ações e os resultados ao longo de 2020. Em sua operação, a companhia alcançou 97,7% dos resíduos reciclados e uma redução das emissões de CO2 de 29,9%. A fábrica do Polo de Camaçari contribuiu decisivamente para estes resultados. “Em gestão de resíduos, a planta reciclou 100% dos seus resíduos produzidos entre 2019 e 2020, atingindo o marco de aterro zero”, afirma Miler Bochi, diretor Industrial da unidade, ressaltando que a fábrica também diminuiu 35,23% de suas emissões de carbono entre 2014 e 2020.

O relatório apresenta a evolução dos diferentes indicadores de desempenho ambiental das operações na América Latina, em 2020 com os projetos implementados nas fábricas - as plantas brasileiras são, hoje, aterro zero. Para diminuição dos resíduos enviados para aterro sanitário, a fábrica de Camaçari iniciou a operação de um biodigestor que recebe uma média de 15 toneladas de resíduos orgânicos por mês. Para redução nas emissões de carbono, a unidade instalou em março deste ano a Micro Usina Solar de 1.257,59Kwh, que já contribuiu para redução na emissão de 666,52Kg de CO2, o equivalente a 17 árvores.

Em relação ao consumo de água, as fbricas da empresa na América Latina apresentaram uma diminuição de 23,3%, o equivalente a uma economia de mais de 755 mil litros de água. “Na planta de Camaçari foi construída este ano uma estação de captação e tratamento de água de chuva, que contribuirá ainda mais para a redução do consumo de água da fábrica”, informa Miler Bochi.

Segundo o diretor, “a Bridgestone trabalha em estratégias para acelerar a economia circular. Para isso, estabeleceu três ações principais ao longo de sua cadeia de valor: reduzir o consumo de matérias-primas, reciclar recursos e usá-los de forma eficaz e expandir e diversificar os recursos renováveis”. Ele informa, por exemplo, que “os pneus inservíveis produzidos no país têm destinação ambientalmente correta, por meio do programa de coleta da Reciclanip, uma instituição criada pela ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), da qual a Bridgestone é associada. Entre as ações da entidade está a reciclagem dos pneus para uso em campos de futebol, solas de sapato, pisos e tapetes de borracha”. 

Vale destacar ainda que a planta de Camaçari mantém o Centro de Educação Ambiental para comunidade, alunos de escolas públicas, colaboradores e suas famílias. O projeto é voltado para a preservação da biodiversidade, viveiro de mudas e atividades de conscientização da comunidade.

“A Bridgestone Camaçari, assim como todas as plantas produtivas na América Latina, conta com a certificação ambiental ISO 14001”, afirma Miler Bochi, destacando que o desafio da Bridgestone está registrado no relatório: a empresa reforça o apoio ao cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e está comprometida em alcançar a neutralidade de carbono de 2050 em diante e reduzir as emissões totais de CO2 em 50% até 2030, em comparação aos níveis de 2011.

O diretor destaca ainda a importância de contribuir para o desenvolvimento sustentável do Polo Industrial de Camaçari. “O Polo apresenta grande importância para o mercado brasileiro e é um grande prazer para a Bridgestone ser uma das 90 empresas integrantes e seguir contribuindo positivamente também para a região”.

O relatório completo, com informações de todas as unidades da América Latina, pode ser lido em https://informebridgestone.com/Bridgestone2020/pt/. 

A atuação do Conselho Comunitário Consultivo do Polo é reconhecida pelas empresas como fundamental na sua relação com as comunidades vizinhas. Profissionais dessas empresas atestam a contribuição do Conselho para os programas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, assim como para definição de pautas que venham a gerar interesse entre os moradores do entorno do Polo. Uma via de mão dupla construída com base na confiança mútua e na credibilidade, com foco na sustentabilidade e no bem-estar coletivo.

A história do Conselho contribui para uma agenda colaborativa sempre positiva, explica Ruth Oliveira, analista de Relações Institucionais da Braskem: “Completar 30 anos é um marco importante para um Conselho Comunitário. Esse tempo reflete o quanto essa iniciativa tem contribuído ao longo dos anos para consolidar objetivos comuns e definir pautas importantes para o futuro. Com a participação da comunidade, o Conselho promove discussões ricas e transparentes, sempre visando a resolução de desafios e a transformação de realidades que possam ser benéficas para todos. Manter essa rede de relacionamento, tendo atores e stakeholders importantes envolvidos, é essencial para celebrarmos mais 30 anos”.

A confiança é o principal elo nessa relação, ressalta Rafael Almeida, consultor de Comunicação na Basf: “O Conselho desempenha um papel importante na construção de uma relação de confiança e colaboração entre as empresas do Polo e a comunidade local. É um canal de diálogo que permite que as demandas da comunidade sejam vistas, entendidas e abordadas de maneira eficaz. Para as empresas, o Conselho viabiliza a oportunidade de demonstrar compromisso com a responsabilidade social, promovendo um ambiente mais sustentável e positivo”.

A conexão é importante para os dois lados, destaca Bárbara Valsézia dos Santos, especialista de Comunicação da Elekeiroz: “O Conselho Comunitário é uma ponte que conecta o mundo dentro dos muros da indústria com o mundo da vizinhança próxima. Neste contexto, famílias, negócios, escolas, instituições diversas passam a compreender o que se passa na indústria e aprendem com as boas práticas ali adotadas, principalmente relacionadas à segurança e ao meio ambiente. A empresa, por sua vez, passa a conhecer a realidade da comunidade onde está inserida e os impactos causados por sua operação e de terceiros, analisando possibilidades de atuação que venham a compartilhar valor para a sociedade”.

Bárbara diz que “o Conselho é muito valorizado pela Elekeiroz, pois trata-se de um instrumento maduro e bem construído, resultando em um grupo ativo e com senso crítico”. Ela ressalta que “a experiência da empresa com o grupo é baseada na satisfação de poder apresentar seus programas e cases, contando com a participação ativa dos seus participantes, que sempre aproveitam para tirar dúvidas sobre as práticas socioambientais e outras de interesse comunitário”.

Essa realidade é amplamente compartilhada pelas empresas do complexo, reafirma Aurinézio Calheira, superintendente de SSMA do Cofic: “Ao longo desses 30 anos, o Conselho tem sido um canal de diálogo importante com as empresas, dando muitas contribuições sobre a percepção das comunidades em relação ao Complexo Industrial e até ajudando com sugestões nas questões de segurança, saúde e meio ambiente”.

Para atender à demanda de celulose solúvel das suas unidades no Polo de Camaçari e em Lençóis Paulistas, a Bracell anuncia investimento de R$ 13 milhões para ampliar a produção de mudas de eucalipto no viveiro da Fazenda Salgado, localizado no município de Inhambupe, no Litoral Norte da Bahia. Com este incremento, a empresa vai aumentar a capacidade anual de geração de mudas das atuais 4 milhões para 15 milhões, o que também contribuirá para o projeto futuro de expansão da sua capacidade de produção fabril. A celulose solúvel é um dos principais ingredientes usados ??em vários produtos, desde têxteis, lenços de bebê, armações de óculos, embalagens de salsichas até produtos farmacêuticos e industriais, como cabos de pneus de alto desempenho.

“Este aumento na produção de mudas reflete, naturalmente, em maior volume de madeira a ser disponibilizada para a fábrica nos próximos anos. Mas o benefício vai além: por se tratar de uma estrutura moderna, que agrega aprendizados de projetos de viveiros implantados anteriormente, esta incorpora tecnologias e processos que aumentam a confiabilidade na qualidade da madeira utilizada nas operações industriais. Isso resulta, por sua vez, em melhor aproveitamento da matéria-prima, uso adequado dos recursos naturais, redução de custos de produção e outros ganhos de competividade”, afirma Guilherme Araújo, diretor-geral da Bracell Bahia.

Esse investimento na expansão das florestas de eucaliptos está de acordo com o plano de sustentabilidade da empresa. “O projeto de ampliação da nossa produção de eucalipto na Salgado visa aumentar a sustentabilidade do negócio, trazendo melhores condições de trabalho para os colaboradores e mais segurança no processo produtivo, haja vista o grande potencial da região em gerar mudas de boa qualidade”, explica Maurício Prieto, gerente de Viveiros da Bracell Bahia.

A ampliação, de acordo com Prieto, será aliada com a modernização do sistema de manejo de irrigação, que une a tecnologia com o conhecimento técnico dos colaboradores. “É a tecnologia de fato trabalhando para o colaborador, que passará a controlar todo o processo in loco, por meio de um computador de mão”, informa.

Vale registrar que a empresa conta também com o viveiro Quatis, no município de Entre Rios (BA), que tem capacidade anual de produção de 20 milhões de mudas clonais de eucalipto. Os produtos são destinados aos plantios próprios da companhia e à venda para outras organizações. Nas duas operações, a Bracell emprega 300 trabalhadores.

Sustentabilidade 

Uma das líderes globais na produção de celulose solúvel especial, a Bracell divulgou recentemente o Relatório de Sustentabilidade 2020, que reúne as ações endereçadas ao longo do último ano para cumprir seu compromisso com uma produção responsável social e ambientalmente tanto no cultivo sustentável de eucalipto como nas fábricas de última geração. Vale registrar que suas atividades florestais são certificadas tanto no Brasil quanto internacionalmente e respeitam a mata nativa, garantindo a sobrevivência de várias espécies da fauna e flora silvestres. As áreas de proteção da Bracell formam uma das maiores áreas de conservação privadas no Brasil, atingindo cerca de 30% da área total da empresa. A Bracell é negativa na emissão de carbono, ou seja, retira mais CO² da atmosfera por meio de suas atividades florestais do que emite em sua operação, refletindo parte de sua preocupação com o clima, a comunidade e com o meio ambiente.