Com investimento de cerca de R$ 4 milhões em uma tecnologia pioneira no país, a Braskem na Bahia vem otimizando os custos com energia na sua operação e, consequentemente, reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera. Desde outubro do ano passado, a unidade Q1, no Polo de Camaçari, passou a utilizar um otimizador de energia em malha fechada que permite selecionar, de forma automática e em tempo real, as fontes de energia mais adequadas a serem geradas ou consumidas por determinados equipamentos. A estimativa da companhia é de uma redução média na emissão de mais de 3 mil toneladas de CO2 e também no consumo de mais de mil toneladas de gás natural por mês.
“A estratégia da Braskem está fundamentada nos pilares da sustentabilidade e da inovação. Assim, na área industrial, buscamos investir em recursos tecnológicos que trazem ganhos ambientais, produtivos e também de processo”, afirma Carlos Alfano, diretor industrial da Braskem na Bahia. Ele informa que o otimizador de energia em malha fechada, conhecido como C-ERTO (do inglês Closed Loop – Energy Real-Time Optimization) é fruto do investimento em inovação realizado pela companhia, seguindo as características de uma Indústria 4.0.
“Além do ganho ambiental, o otimizador de energia de malha fechada promove uma maior estabilidade no processo em termos de geração e consumo de energia, agilidade na tomada de decisão e melhor adequação no uso de fontes de energias, que podem ser vapor, energia elétrica ou combustíveis”, explica Alfano. Outra função que a nova ferramenta traz é a de ser utilizada como um simulador, permitindo a criação de cenários operacionais para a avaliação do corpo técnico da companhia e também para estudos de universidades e centros de pesquisas.
O início da operação do otimizador de malha fechada de energia em tempo real é mais uma etapa no processo de evolução dessa tecnologia na unidade da empresa. Desde 2016, a Braskem vem utilizando a mesma ferramenta, com a diferença de ser de malha aberta. Nesse caso, a escolha das fontes de energia para os mais de 50 equipamentos conectados é recomendada pelo sistema, por meio de relatórios gerados a cada 30 minutos. Essas orientações são avaliadas por uma equipe de engenharia e operação, que toma a decisão de acatá-las ou não com base no cenário da planta.
